quarta-feira, 3 de julho de 2013

Martinho da Vila em exposição no Imperator

Sábado passado, tentei conhecer o cinema do Imperator. Se não me engano, essa já foi minha terceira tentativa frustrada. Nas outras vezes, as opções em cartaz não me interessaram. Desta, o filme que eu queria ver estava com as sessões esgotadas.


Para não desperdiçar o passeio, fui visitar a exposição no segundo andar. Até agosto, o personagem da série Permanências é Martinho da Vila. Não curto samba, confesso (vai ver sou ruim da cabeça ou doente do pé), então o que mais me atraiu na mostra foram aspectos que não estão relacionados à discografia de Martinho. Gostei do acervo fotográfico - em especial de uma foto em que ele aparece ao lado de Silvio Santos ainda moço, uma imagem do homem do baú que eu nunca tinha visto.

Está também exposta uma fala em que Martinho comenta - demonstrando certa mágoa - o fechamento do bar que ele teve no shopping Iguatemi, em Vila Isabel. Segundo o compositor, o estabelecimento baixou as portas por incompatibilidades com a administração do shopping. Achei isso triste, não sabia que o motivo havia sido esse.

De tudo, o que mais gostei na exposição foi conhecer os livros favoritos de Martinho da Vila, lá expostos em um espaço que imita um bar. Não lembro de todos, mas há vários volumes de Machado de Assis, Incidente em Antares, de Erico Verissimo, e também títulos do próprio Martinho, entre muitos outros. As duas obras que mais me chamaram a atenção por estarem lá foram O capital e A privataria tucana, mas isso, provavelmente, porque por não gostar de samba, acabo sabendo quase nada sobre o compositor.

Mas uma coisa eu sei e posso compartilhar aqui: Martinho tem uma ligação antiga com o Méier. Quando ele tinha quatro anos de idade, seus pais, lavradores, se mudaram do município de Duas Barras para o Morro dos Pretos Forros, também conhecido como O Berço do Méier. Localizado originariamente no final da rua Camarista Méier, no Engenho de Dentro, o morro hoje se estende por diversos bairros da região. O lugar é lembrado por Martinho na música Quando essa onda passar, que aparece no álbum Brasilatinidade, de 2005. Esse post de 2009 comenta a ligação do sambista com o Méier.

Nenhum comentário: